Konstantin Stanislavsky, ator e diretor russo, criador do
primeiro método de interpretação para atores, o método de Stanislavsky, também
conhecido como método da memoria emotiva ou do fazer realístico, tem como usa
principal fundamentação, mostrar no palco não uma simples representação, mas a
vida vivida. Muitos confundem esse método como sendo simplesmente resgatar um
sentimento dado em sua memoria e reproduzi-lo no palco, ao contrario, no método
da memoria das emoções a ênfase é a verdade e não a sua reprodução ou a mera
representação, o ator deve buscar o sentimento e senti-lo novamente com a mesma
intensidade de quando este foi vivenciado pela primeira vez, sendo que,
obviamente, dentro do contexto da personagem a ser interpretada, respeitando
todas as circunstancias que a envolve, obtendo a busca pelo inconsciente do
ator e do consciente da personagem, ou seja, é preciso o ator abstrair-se de
tal modo de sua realidade que seus atos não sejam regrados por sua consciência,
deixando dessa forma o caminho livre para a plena “dominação” da personagem. Sequencia
de passos e exercícios que o direcionam rumo á VERDADE.
Passo 1: Para fazer o comportamento externo da personagem,
os gestos, a voz e o ritmo dos movimentos do ator tem de convencer, parecendo
naturais.
Passo 2: Para fazer com
que o ator saiba quais as necessidades internas e os objetivos de uma
personagem, é necessário um convencimento profundo de sua opinião, mesmo se
todas as manifestações visíveis de seu caráter são dominadas.
Passo 3: Para trazer á vida o instante da personagem, não se
pode enfatizar somente os pontos fortes da encenação, deixando transparecer que
no entremeio das ações, ou das falas, a personagem não existe, pois na vida
real as pessoas não deixam de viver quando não estão agindo ou falando.
Passo 4: Para desenvolver um sentido forte de existência,
que será compartilhado com outros atores em cena, deve-se ter: relaxamento,
concentração, observação, importância dos específicos, ênfase em detalhes
concretos, verdade interna, ação instantânea, linha direta de um papel e,
principalmente, jogar junto.
Todos esses passos propostos por Stanislavsky se unem á
partícula “SE” para determinar a apropriação do ator em cena de sua personagem,
gerando cumplicidade e convencendo.
A partícula “SE”, segundo proposições de seu criador,
configura-se um verdadeiro artificio com o qual o ator se vale para que, dessa
forma, possa se assumir enquanto intérprete, sentindo, vivendo, experimentando,
ao menos no plano imaginário/criativo, a realidade de sua personagem. Como
responder á pergunta: O que eu faria aqui e agora SE, na vida real, tivesse que
agir em circunstancias análogas aquelas determinadas pelo meu papel? Fica a Dica
Konstantin
Stanislavsky
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